terça-feira, 29 de agosto de 2006

De ossos para ossos, de cinzas para cinzas

«Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos»

EXISTÊNCIA
Aonde vais, caminhante, accelerado?
Pára...não prosigas mais avante;
Negócio, não tens mais importante,
Do que este, à tua vista apresentado.
Recorda quantos desta vida tem passado,
Reflecte em que terás fim similhante,
Que para meditar causa he bastante
Terem todos mais nisto parado.
Pondera, que influido d'essa sorte,
Entre negociações do mundo tantas,
Tão pouco consideras na morte;
Porem, se os olhos aqui levantas,
Pára...porque em negócio deste porte,
Quanto mais tu parares, mais adiantas.

inscrição e poema na Capela dos Ossos, Igreja de São Francisco | Évora - Portugal

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