sexta-feira, 30 de março de 2007

Qual é a polémica?

Artigo 13.º (Princípio da igualdade)
(...)
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Artigo 15.º (Estrangeiros, apátridas, cidadãos europeus)
1. Os estrangeiros e os apátridas que se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português.
Constituição da República Portuguesa PARTE I - Direitos e deveres fundamentais (Princípios gerais)

Artigo 46.º (Liberdade de associação)
(...)
4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.
Constituição da República Portuguesa TÍTULO II - Direitos, liberdades e garantias, CAPÍTULO I (Direitos, liberdades e garantias pessoais)

Artigo 240º (Discriminação racial ou religiosa)
1 - Quem:
a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver actividades de propaganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à violência raciais ou religiosas, ou que a encorajem; ou
b) Participar na organização ou nas actividades referidas na alínea anterior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;
é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
2 - Quem, em reunião pública, por escrito destinado a divulgação ou através de qualquer meio de comunicação social:
a) Provocar actos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional ou religião; ou
b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional ou religião, nomeadamente através da negação de crimes de guerra ou contra a paz e a humanidade; com a intenção de incitar à discriminação racial ou religiosa ou de a encorajar, é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.
(Redacção da Lei nº 65/98, de 2 de Setembro) Código Penal Português CAPÍTULO II - Dos crimes contra a humanidade
É só prendê-los!

quinta-feira, 29 de março de 2007

trinta e quatro
um carrinho, uma casinha, um plasmazinho e um trabalhinho:
eis os desideratozinhos dos portuguezinhos.
trinta e três
a principal causa de decadência do nosso povo peninsular «é os imigrantes, pois claro!».

quarta-feira, 28 de março de 2007

trinta e dois
o português costuma ajudar a portuguesa na cozinha.
trinta e um e meio e meio
os portugueses têm pouca curiosidade mórbida:
por exemplo, raramente param para ver um acidente.
trinta e um e meio
talvez para compensar, os portugueses não costumam fazer piadas com pretos.
trinta e um
os portugueses têm um sofisticado sentido de humor.
no dia seguinte à queda da ponte de Entre-os-Rios, onde morrerram tragicamente dezenas de portugueses, já circulavam várias anedotas sobre o sucedido.
trinta
os portugueses gostam de pessoas com personalidade forte.
por exemplo: António de Oliveira Salazar.
vinte e nove
os portugueses 'têm queda' para as línguas.
excepto para a língua portuguesa.
vinte e oito
não é uma questão de os portugueses não saberem falar:
os portugueses são é disléxicos!

segunda-feira, 26 de março de 2007

vinte e sete
para os portugueses, o maior português de sempre é António de Oliveira Salazar.
Vidé com os próprios olhos:
grandes_portugueses

domingo, 25 de março de 2007

chongqingfoto-síntese
chongqing, china.
buraco enorme. obras.
construção de novo centro comercial. casa numa ilha.
um chinês obstinado.
e só um caminho a ligar a sua casa ao resto do mundo.
cortesia: reuters
O que é extraordinário na vida
é que é exactamente como nos disseram que seria.

sexta-feira, 23 de março de 2007

«Queda de morteiro em Bagdad interrompe conferência de imprensa de Ban Ki-moon

Um morteiro caiu esta tarde na Zona Verde, a área de segurança máxima no centro de Bagdad, no momento em que o secretário-geral da ONU dava uma conferência de imprensa, após um encontro com o primeiro-ministro iraquiano. Ban Ki-moon saiu ileso do incidente.
Segundo os jornalistas presentes na zona, a explosão abalou o edifício onde decorria a conferência de imprensa, obrigando Ban a agachar-se e a recolher os documentos que levava consigo, enquanto Nuri al-Maliki, mais habituado a este tipo de incidentes, permaneceu imóvel. ...
» 22.03.2007 - Público

«A História é sempre mais irónica do que qualquer alegoria.»
É exactamente o mesmo.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Rui Rio:
esconde-te na capa do teu tio.

Sobre a destruição do bairro de ciganos no Bacelo (Porto), diz-nos o caciquezeco do Porto:
«(...) As pessoas terão de sair.
As que não tiverem para onde ir...
...alguns deles são nómadas tanto quanto julgo saber. E portanto, podem ir para outro sítio.
( ...)»
20Março2007
cortesia: TSF

vinte e seis
o maior português de sempre é o Chico Esperto.
vinte e cinco
os velhotes gostam de jogar à bisca no jardim. logo, os velhotes gostam de prevaricar.
vinte e quatro
o lugar dos velhos é num lar.
vinte e três
as portuguesas morenas são loiras.
vinte e dois e meio
cada português é um modelo de virtude para si próprio.

terça-feira, 20 de março de 2007

rui_zink_carlos_quevedo Mais dois que pularam a cerca

Rui Zink e Carlos Quevedo no júri de A Bela e o Mestre.
Boas-vindas às duas mais recentes meretrizes cá do quintalejo.
Tão bem emoldurados que eles ficam.

segunda-feira, 19 de março de 2007

vinte e dois
cada português é um modelo para si próprio.

sexta-feira, 16 de março de 2007

a nossa profusa geração de merda
jp_simoes_retrato

quinta-feira, 15 de março de 2007

vinte e um
os portugueses são moderados radicais.
vinte
os portugueses não são machistas.
dezanove
os portugueses jamais comprariam material roubado.

dezanove e meio
por isso não se importam quando lhes roubam o telemóvel ou o autorádio:
sabem perfeitamente que o ladrão nunca irá conseguir vendê-los.
dezoito
os portugueses são desdentados 3G.
dezassete
todos os portugueses conduzem bem e são bons na cama.

dezassete e meio
as portuguesas cozinham bem, mas conduzem mal.
dezasseis
em portugal há liberdade de expressão:
cada português pode dizer o que pensa, manifestar a sua opinião.

dezasseis e meio
as opiniões dos portugueses são todas iguais.
quinze
o pior dos portugueses é o filho da merceeira licenciado.
quatorze
os portugueses acreditam em nada.

quatorze e meio
ninguém deve acreditar nos portugueses.
treze
o português acredita que 'o trabalho liberta'.

treze e meio
por isso «se tens inveja do meu viver, vai trabalhar malandro!»
doze
geralmente o português até consegue reconhecer o talento dos pretos:
«- têm queda para a dança, para o salto em comprimento e para a música soul, jazz, hip-hop, ou kizomba - enfim, têm talento para coisas de pretos.»
onze
os portugueses não são racistas.
dez
os portugueses desconfiam de tudo.

dez e meio
em cada português um excelente polícia ou um zeloso segurança.
nove
o português detesta a felicidade alheia.

nove e meio
o português desconfia de alguém que solte uma gargalhada.
oito
o maior medo do português homem é o medo de ser homossexual.

oito e meio
o verdadeiro português homem não sabe apreciar outros homens.
sete
os portugueses dizem mal de portugal, porque nunca foram a outro país.
seis
os portugueses gostam dos portugueses que «são como são».

quarta-feira, 14 de março de 2007

cinco
o português tem uma grande capacidade de adaptação:
com jeito, ou algum dinheiro, até se consegue cagar-lhe em cima.

cinco e meio
as moleirinhas lusas dão óptimos penicos.
quatro
o português fala dos portugueses como se não fosse também ele português.
três
«- Ó africano (argelino, sudanês ou moçambicano) conheces portugueses?»
Resposta:
«- O português?! Claro que conheço.
É aquele que gosta de troçar dos homens que lhe recolhem o lixo.
Em Portugal até têm um nome próprio para essas pessoas que costumam desrespeitar...
'Almeidas', não é?»

É.

terça-feira, 13 de março de 2007

nos últimos tempos...

...deixámos de não saber falar, para passarmos a ser todos disléxicos.

segunda-feira, 12 de março de 2007

dois

Valentim Loureiro quer ser julgado na TV
O major quer provar a sua inocência num estúdio televisivo, perante advogados e juízes. Porque, afirma, nos tribunais ninguém o leva a sério.
Jornal Expresso, 10Março2007

O Labrego em versão animada aqui
.

domingo, 11 de março de 2007

um

China aprova lei que legitima a propriedade privada.

sexta-feira, 9 de março de 2007

quarta-feira, 7 de março de 2007

A ansiedade do Status

Alain de Botton pensa por nós. E nós pensamos com ele.

Enquanto pensar não se paga. A filosofia consola.

terça-feira, 6 de março de 2007

Arcade Fire = caganda barrete
Parece que é para embirrar mas não é: os Arcade Fire são um grande barrete.


Até se ouvem bem em álbum. Funeral não é obra-prima, mas têm energia rock q.b. para ser agradável. De resto, nada de novo. Tudo o que tocam, já foi composto há muito tempo e o que misturam também.

Mas onde os A.F. são mesmo medíocres é ao vivo: não é que não sejam energéticos ou não se entreguem à coisa. Os A.F. dão o litro, mas não conseguem afinar uma nota. Sobretudo quem canta. Coro incluído.

A secção rítmica é paupérrima. Prato de choque, bombo, tarola, prato de choque, bombo, tarola, on and on, naquela modinha dos Blondie que revoltou com os Franz Ferdinand, Interpol, ClapYourHandsSayYeah, etc.. Nada contra, alguma coisa a favor?
Quanto à garra e à verve que tantos lhes elogiam, é sobreposição de instrumentos, notas e ruído. O que só costuma resultar: se a) se for bom músico, ou b) se souber muito bem o que se está a fazer - não é o caso dos A.F..

Nos Arcade Fire a dinâmica musical é básica. Não provém da harmonia, 2 acordes, ou 4 acordes, de intervalos orelhudos. E muito menos da melodia. A melodia é pobre, suportada pelas vocalizações esganiçadas do vocalista.
As dinâmicas dependem exclusivamente de haver mais ou menos volume de som, mais ou menos instrumentos, de se fazer mais ou menos barulho.
'Neon Bible', título do novo álbum, sugeriu à crítica muitas aproximações religiosas. Aleluia! Aleluia! - escreveu-se na 1.ª página do suplemento Y do Público.
A música dos A.F. não é religiosa: pode ser telúrica, colérica, animal. Mas não (re)liga a terra ao céu, nem o céu à terra. Não religa nada a nada. É música terrena.
De resto, para associar 'Neon Bible' a religião nem é preciso saber inglês.
Quem opina com a autoridade da crítica musical tem obrigação de saber que Epifanias, Milagres e Religião são coisas muito diferentes disto:

Milagre Arcade Fire = caganda barrete 1
Milagre Arcade Fire = caganda barrete 2
Milagre Arcade Fire = caganda barrete 3

segunda-feira, 5 de março de 2007

Para quem tem andado menos atento
Fique a saber que temos abusado de um neologismo: textículo.
A frase que ledes neste preciso momento faz parte de um órgão maior chamado textículo.
Em geral, todos os postes da blogosfera não passam de textículos. Incluindo este.
Sabemos que não é uma palavra elegante, mas garantimos que os pais, mesmo os adoptivos e os que abusam dos descendentes, acham sempre graça aos seus filhos.

sábado, 3 de março de 2007

Já as portuguesas, são muito mais simples de separar

Entre as que usam botas de bico.
E as que não usam botas de bico.

Podemos dividir os portugueses em dois tipos

Tipo 1: os que dizem «hádes de ver, hádes de comer, hádes de experimentar, etc.»
e Tipo 2: os que dizem «um dia, quem sabe, hás-de falar melhor».

Nestes casos, o tipo 1 costuma voltar a carga: «vocês ainda hádem assistir ao falar assim a ser aceite pelas gramáticas!». Sim, o tipo 1 sabe argumentar.

Aqui chegados, não resta ao tipo 2 outra hipótese senão deixar escapar um conformado «ainda hão-de ver estes tipos chegarem ao governo.»

sexta-feira, 2 de março de 2007

Não é raro ouvirmos

mães a falarem entre si de filhos caídos em desgraça e dizerem coisas como as que se seguem:
«- Bem, antes drógado do que bicha. Livra!
- Também acho: antes drógado do que maricas!
(silêncio pensativo)
- E já vistes se tivesses de escolher entre ele ser paneleiro ou casar com uma preta?
- Eh pá, essa é mais díficil de responder... (silêncio para pensar)
...não posso escolher o drógado

quinta-feira, 1 de março de 2007

Dia 1 de Março de 2007:
Hoje ninguém agrediu um professor.