terça-feira, 6 de março de 2007

Arcade Fire = caganda barrete
Parece que é para embirrar mas não é: os Arcade Fire são um grande barrete.


Até se ouvem bem em álbum. Funeral não é obra-prima, mas têm energia rock q.b. para ser agradável. De resto, nada de novo. Tudo o que tocam, já foi composto há muito tempo e o que misturam também.

Mas onde os A.F. são mesmo medíocres é ao vivo: não é que não sejam energéticos ou não se entreguem à coisa. Os A.F. dão o litro, mas não conseguem afinar uma nota. Sobretudo quem canta. Coro incluído.

A secção rítmica é paupérrima. Prato de choque, bombo, tarola, prato de choque, bombo, tarola, on and on, naquela modinha dos Blondie que revoltou com os Franz Ferdinand, Interpol, ClapYourHandsSayYeah, etc.. Nada contra, alguma coisa a favor?
Quanto à garra e à verve que tantos lhes elogiam, é sobreposição de instrumentos, notas e ruído. O que só costuma resultar: se a) se for bom músico, ou b) se souber muito bem o que se está a fazer - não é o caso dos A.F..

Nos Arcade Fire a dinâmica musical é básica. Não provém da harmonia, 2 acordes, ou 4 acordes, de intervalos orelhudos. E muito menos da melodia. A melodia é pobre, suportada pelas vocalizações esganiçadas do vocalista.
As dinâmicas dependem exclusivamente de haver mais ou menos volume de som, mais ou menos instrumentos, de se fazer mais ou menos barulho.
'Neon Bible', título do novo álbum, sugeriu à crítica muitas aproximações religiosas. Aleluia! Aleluia! - escreveu-se na 1.ª página do suplemento Y do Público.
A música dos A.F. não é religiosa: pode ser telúrica, colérica, animal. Mas não (re)liga a terra ao céu, nem o céu à terra. Não religa nada a nada. É música terrena.
De resto, para associar 'Neon Bible' a religião nem é preciso saber inglês.
Quem opina com a autoridade da crítica musical tem obrigação de saber que Epifanias, Milagres e Religião são coisas muito diferentes disto:

Milagre Arcade Fire = caganda barrete 1
Milagre Arcade Fire = caganda barrete 2
Milagre Arcade Fire = caganda barrete 3

2 comentários:

Anónimo disse...

Lá estão vocês a cascar. Não descansam enquanto não arrasarem tudo!

Brumo Gomas disse...

Anónimo que sempre voltas:
em portuGalo até achamos piada aos AF. Mas os balidos do rebanho em torno do grupo (olá ovelhas da crítica musical!) despertaram em nós instintos dialécticos.
Refreshzinho: tese - antítese = síntese. «A dialéctica compensa».