segunda-feira, 12 de novembro de 2007

135 e meio e meio e meio
roubar castanhas dadas
quem passou ontem ao fim da tarde no Terreiro do Paço deu com um cordão policial (municipal, pronto) a cercar o famoso assador de castanhas.
estranho.
ora sucede que as pessoas não só se acotovelaram para a almejada 1/2 dúzia de castanhas a que tinham direito, como, a meio da tarde, decidiram assaltar o dito maior assador de castanhas.
era vê-las a roubar como podiam o fruto que antigamente alimentava os porcos.
e 'roubar como podiam' era recorrendo a todos os meios que tinham à disposição, desde o boné do Nelito, até aos bolsos dos casacos. «- há que aproveitar quisto não é todos os dias!». chegavam a roubar castanhas umas às outras. ladrão que rouba ladrão, anda à procura de expiação.
que quadro tão inspirador para um Dante ou um Bosch.
e 'roubar castanhas dadas' até dá um bom primeiro verso para um longo poema sobre portugal.

Sem comentários: