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num parque
de estacionamento
subterrâneo
nos bancos da frente
de um carro
duas pessoas
estão imóveis
e em silêncio.
olham para
a parede branca
vazia
em frente.
talvez estejam
de olhos fechados,
não se percebe bem.
eis que chega o segurança,
desconfiado:
nada há de mais suspeito
para quem está no mundo
do que duas pessoas juntas
a fazer rigorosamente nada.
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