terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Viver bem na Baixa de Lisboa

Afirmamos convictamente que até não se vive nada mal na baixa de Lisboa - contrariando algumas opiniões publicadas por algumas pessoas nalguns blogues.

Este é apenas o I Capítulo de um vasto assalto à coluna de citação de blogues «O que se diz de Lisboa», publicada diariamente no jornal gratuito Metro sobre o que se diz de Lisboa nos jornais (gratuitos e pagos) e nos blogues que também falam de um certo ponto de vista de uma determinada Lisboa, com bastante autoridade e até, por vezes, alguma bonomia que condescende, diga-se.

Porque

«não se pode andar sempre na rua à procura de coisas para dizer sobre Lisboa, senão como é que havia tempo para escrever coisas sobre Lisboa nos blogues? Não vale a pena insistir: muito tempo na rua = ainda nos aparece um preto ou um budista de turbante. Aí é muito chato porque já não vais falar de Lisboa, mas de outras nacionalidades, raças e assim. E um gajo até nem é racista...» Etc.

Entre Lisboa, um pensamento palmado e uma fotografia, pode falar-se por exemplo de Abortos. Porque não!?«- Está na ordem do dia, é actualidade.»

Resultado: um blogger que, não lhe bastando ser blogger, ainda por cima é homem; e que não contente com a sua condição de animal duplamente infecundo, opina sobre o aborto, é uma incomensurável aberração!

Digamos somente aberração, porque para aborto, basta ser blogger. Ou homem.

Sobre este assunto, falem as mulheres!

Mesmo que se trate de falar só de passarinhos-que-chilreiam-num-jardim-qualquer-da-capital-de-Portugal, ou do aborto

(neste ponto

interessaria tentar

cruzar

a problemática do aborto

com o controlo da natalidade

dos pombos da nossa cidade.

saiu um belo poema!)

o que interessa é que se vá evacuando a opinião (como cocozinho). Porque «senão a malta arrebenta e isto vai tudo pelos ares e depois ninguém me agarra!»

Mesmo assim, prezado jornal-diário-de-distribuição-gratuita-que-tantos-pontapés-levas-depois-de-te-lerem, lá seguirá a fotografia avulsa de um pôr do sol tirada do Castelo de São Jorge ao entardecer e uma macheia de snapshots da àrvore de natal plantada na Praça do Comércio em Lisboa em plena época de euforia natalícia.

Vamosláversédesta.

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