PortuGalo

Todos os portugueses são mentirosos.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

cinquenta e um
Laurinda Alves é uma pessoana convicta.
Posta por Brumo Gomas às 13:30

1 comentário:

Susana Serrano Pahlk disse...

eh eh eh....

quinta-feira, 24 de maio de 2007 às 21:40:00 WEST

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Paisagem

Há apenas duas coisas interessantes em Portugal — a paisagem e o Orpheu.
Tudo o que está de permeio é palha podre usada (...).
Por vezes estraga a paisagem pondo-lhe lá portugueses.
Mas não pode estragar o Orpheu porque esse é à prova de Portugal.

Fernando Pessoa - Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação - 1916

PortuGalo

Não fazer
ou fazer mal.
Não saber,
Não querer saber
e ter raiva de quem sabe.
Não deixar fazer quem quer fazer.
E ainda assim dizer mal do que é feito.
Inveja e delação.
Assim se faz um bom português.

Nuvens

a bola a ex folia da pele a galope a porca aba abissologia aborto somos nós abraçar árvores abutres achantes acordes acordo ortográfico adágio adolescer afundanço aguenta ai aguenta Alexandre o magno Alexandre o vilão amor analistas informáticos analogias para Lobo Antunes anexim anti-capitalismo burguês António Lobo Antunes apneia apropriação colectiva do comum armas automáticas artigos indefinidos árvores de fruto aspas atchim aura Auschwitz auto-referências autocarro b fachada bach bancos barbeiro Baudelaire beethoven benfica bibliotecas biclas bimbo binas bloom boa forma boa-forma boqueiras bosta bóstia como diria a mamã brocas brotas burka busto do napoleão cabelo caminho capulana carestia carinha laroca caroço cartaz caspa casse-tete cassetete cebolas chamuças chiado chico-espertismo chineses comunismo cona condição humana consome consome contradições corpos em queda cosmos crise culpa cunha da beleza e consolação DAESH dar o exemplo de terços de plástico ao peito descomprometimento Deus divisa dó maior duas pessoas que meditam é a vida ego em bicos de pés empreendedorismo engenheiros informáticos enigma envolvimento enxada era de aquário és mau esclavagismo escrita escritos corsários espalharmo-nos ao comprido esperança espilro espiritualidade esquerda está tudo dito estou com gatos estrela de roque eu é que sei facebook fakebook falsa democracia fato e gravata fazer pouco filhos filosofemas filosofia foder fodendo fuga futebol gado gatos gengibre george steiner ginásio Goethe gonçalo m. tavares governantes grelos greve geral gripe guerra guitarrista herberto helder história hitler homens e primatas homens gerais homofonia i ran ideias ifones igreja impostos improvisação indignados inexistências instituto piaget internet invenções iphone ir para a terra iran jantar jardim jardim zoológico jogo-do-galo jornais virados ao contrário jovem poeta justiça kafka keith jarrett ladainha ladeira laginha leitores-abusadores ler ou não ler lendo liberdade de escolha livros lombas lucidez lugares-comuns maçã fuji maçã gala mal-entendidos mamada manda a bíblia em pdf mania da não-perseguição mania de querermos saber sempre tudo manter a linha marco paulo marias marmita marxismo menos merkel raus mestres modernidade monte veritá morri morte motas mote motoqueiro mtv mulheres particulares mulheres que estão mesmo a pedi-las música música de intervenção na hamburgaria natação negócio saúde indústria armamento armas isabel vaz espírito santo saúde negritude netas nikias skapinakis numerais cardinais O Carrinho o choro e o riso o fim o fiozinho por fora da t-shirt o futebol é o ópio do povo o monstro somos nós o país de onde Saramago teve de fugir e toda a gente enche a barriga de Saramago o passo da floresta obras belas obras filiais ora fretes ora graxa outra pátria ou morte ovo-estrelado países 'desenvolvidos' papo-sêco paradoxo paragem paralisia paranóia pareser passagem de peões passeio Paulo Varela Gomes pide pina pnr pobres poema em ou poeminhas para o mário viegas dizer poesia poesis polícia política políticos portugal portugal dos pequeninos power point preta próstata provas da (in)existência de Deus provérbios prubinxia público-alvo quartas descendentes queixinhas questões de moral quinta do lambert racismo rapazes e raparigas rapidez na entrega rda redundilhas relvas Repórter Estrábico resiliência resistência resistência e conformismo ricos rilke rimel ritaleena romenos RTP2 sabesia toda! sacolinha sagrado Saramago sassetti se faz favor seis centos sem a verdade tu és o perdedor sem dramas sem sentido ser moderno sexo shakespeare simulacro smartphones só para não estar calado só que sócrates belmiro engenheiro sol solidão somos memo bons sorvedouro sousas cintras tablete talento talho tangentes tatu tatuagem teatro tecnologia telefones espertos televisão testar o tráfego tetas the office tom zé topo de gama TPC trabalhinho traz os montes tristão e isolda trocadilhos duvidosos TV uma pena de morte urbanita deslumbrante uvas morangueiras vasco graça moura vê lá se te cai o dentinho veneno Veneza veneziana vespas vizinha de baixo vómito wagner walter benjamin wd-40

Saber o que a casa gasta

Hay que ser radicales.
Porque tenemos que ir a nuestras propias raí­ces.
No, no, radical no es loco, yo soy un radical!
Vamos a ser radicales, radicales en nuestros principios, bien enraizados, de ahí­ viene la palabra, de la raíz: radical.
Radicalmente revolucionario!
Radicalmente humanista!
Radicalmente patriotas, de la Patria grande!
Radicalmente comprometidos con la vida y con los pueblos! Cada di­a más radicale!

Hugo Chávez - Discurso @ Mar del Plata, 07Nov2005

Pesquisa

O domínio da Liberdade começa onde o Trabalho determinado pela Necessidade acaba.
Karl Marx

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Se dependesse do povo não tinha havido 25 de Abril.
A revolução dos cravos foi um levantamento militar (de caserna) e para nós Salazar continua a ser o Maior Português.

Há quantas visitas a falar para o boneco?

Nunca esquecer

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que seja tudo permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda que lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente à secular justiça,
para que os liquidasse "com suma piedade e sem efusão de sangue."
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou as suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes por serem de uma raça, outras
por serem de uma classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
alguém está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Será ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam "amanhã".
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

Jorge de Sena 'Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya', 25Junho1959

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