seiscentos e trinta e sete
até
morreriz
crescem-te
a pichota
e o nariz.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
seiscentos e trinta e quatro
na banca
ranhosa
viram
os jornais
ao contrário
por causa
dos
leitores
que abusam.
na banca
ranhosa
viram
os jornais
ao contrário
por causa
dos
leitores
que abusam.
Posta por
Brumo Gomas
às
18:29
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jornais virados ao contrário,
leitores-abusadores
terça-feira, 26 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
seiscentos e vinte e oito
ao balcão da hamburgaria
o assistente leva na cabeça da supervisora
que o obriga a pedir desculpa ao colega
que sem querer enganou.
- pede desculpa ao teu colega.
- pede desculpa ao teu colega.
- pede desculpa ao teu colega.
é só coisas prontas a apitar por todo o lado.
nas mesas,
os fregueses comem os hambúrgueres
entre dois telemóveis,
o das chamadas e das mensagens na orelha,
e o da internet na mão.
os que não falam ao telefone,
conversam entre eles
das pequenas traficâncias dos seus rivais,
como o quarto que a vizinha de cima aluga
por não sei quanto
a estrangeiros
nas férias.
julgo manter a distância ao escrever,
mas a umas mesas,
atrás de um biguemaque,
um rapaz posta o seguinte no tablete
'está um gajo à minha frente tão armado em intelectual,
que em vez de comer está a escrever numa agenda.'
saio com a boqueira no canto da boca.
ao balcão da hamburgaria
o assistente leva na cabeça da supervisora
que o obriga a pedir desculpa ao colega
que sem querer enganou.
- pede desculpa ao teu colega.
- pede desculpa ao teu colega.
- pede desculpa ao teu colega.
é só coisas prontas a apitar por todo o lado.
nas mesas,
os fregueses comem os hambúrgueres
entre dois telemóveis,
o das chamadas e das mensagens na orelha,
e o da internet na mão.
os que não falam ao telefone,
conversam entre eles
das pequenas traficâncias dos seus rivais,
como o quarto que a vizinha de cima aluga
por não sei quanto
a estrangeiros
nas férias.
julgo manter a distância ao escrever,
mas a umas mesas,
atrás de um biguemaque,
um rapaz posta o seguinte no tablete
'está um gajo à minha frente tão armado em intelectual,
que em vez de comer está a escrever numa agenda.'
saio com a boqueira no canto da boca.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
seiscentos e treze
(urbanita deslumbrante)
a unha de gel
da mesma côr
na mão e no pé.
o swatch dourado,
as alças da mala
pelo cotovelo
de ginásio.
a californiana no cabelo
e abaixo da testa
a trombinha bronzeada
que é só má-educação.
certamente
pela sele_ção
e pelos animais!
contra os radicalismos,
uma abstencionista convicta!
(contém o vómito)
(urbanita deslumbrante)
a unha de gel
da mesma côr
na mão e no pé.
o swatch dourado,
as alças da mala
pelo cotovelo
de ginásio.
a californiana no cabelo
e abaixo da testa
a trombinha bronzeada
que é só má-educação.
certamente
pela sele_ção
e pelos animais!
contra os radicalismos,
uma abstencionista convicta!
(contém o vómito)
quarta-feira, 11 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
seiscentos e oito
era uma vez um rapaz que nadava para manter a forma.
nadava, nadava muito,
para ficar em muito boa forma.
nadava sempre mais do que alguém que entrasse na piscina para nadar.
e estava cada vez mais forte e musculado,
sempre e cada vez mais em forma.
um dia,
depois de ter acabado de bater os registos pessoais
de distância percorrida e rapidez
- os anos que foram precisos para aqui chegar, pensou -
sentiu que a sua respiração estava diferente.
encostou-se num dos lados da pista 6
- que irritante aquela gente toda a nadar a ritmos tão diferentes e nessa pista só se conseguir nadar bruços numa das direcções por causa da parede -
ainda teve tempo de tirar a touca e os óculos
e de imaginar o que estavam a fazer
aqueles que amava.
morreu em excelente forma.
era uma vez um rapaz que nadava para manter a forma.
nadava, nadava muito,
para ficar em muito boa forma.
nadava sempre mais do que alguém que entrasse na piscina para nadar.
e estava cada vez mais forte e musculado,
sempre e cada vez mais em forma.
um dia,
depois de ter acabado de bater os registos pessoais
de distância percorrida e rapidez
- os anos que foram precisos para aqui chegar, pensou -
sentiu que a sua respiração estava diferente.
encostou-se num dos lados da pista 6
- que irritante aquela gente toda a nadar a ritmos tão diferentes e nessa pista só se conseguir nadar bruços numa das direcções por causa da parede -
ainda teve tempo de tirar a touca e os óculos
e de imaginar o que estavam a fazer
aqueles que amava.
morreu em excelente forma.
terça-feira, 6 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
593
acordas com a seguinte hipótese na cabeça:
os chimpazés são tão mais inteligentes do que nós, que boicotam todos os testes de inteligência que lhes passamos a vida a fazer. transmitem este conhecimento de geração em geração só para não passarem a ter de aturar os humanos com as suas dúvidas estúpidas.
talvez um chimpanzé tenha tido certa vez um pesadelo em que os homens descobriam a inteligência dos primatas...
acordas com a seguinte hipótese na cabeça:
os chimpazés são tão mais inteligentes do que nós, que boicotam todos os testes de inteligência que lhes passamos a vida a fazer. transmitem este conhecimento de geração em geração só para não passarem a ter de aturar os humanos com as suas dúvidas estúpidas.
talvez um chimpanzé tenha tido certa vez um pesadelo em que os homens descobriam a inteligência dos primatas...
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
592
num parque
de estacionamento
subterrâneo
nos bancos da frente
de um carro
duas pessoas
estão imóveis
e em silêncio.
olham para
a parede branca
vazia
em frente.
talvez estejam
de olhos fechados,
não se percebe bem.
eis que chega o segurança,
desconfiado:
nada há de mais suspeito
para quem está no mundo
do que duas pessoas juntas
a fazer rigorosamente nada.
num parque
de estacionamento
subterrâneo
nos bancos da frente
de um carro
duas pessoas
estão imóveis
e em silêncio.
olham para
a parede branca
vazia
em frente.
talvez estejam
de olhos fechados,
não se percebe bem.
eis que chega o segurança,
desconfiado:
nada há de mais suspeito
para quem está no mundo
do que duas pessoas juntas
a fazer rigorosamente nada.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
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